Dificil olhar pra trás e não perceber que tudo mudou, que eu mudei.
Acendi um cigarro, olhei para o horizonte, e minha vida durante esses quase três meses me passou como um filme,e o meu futuro ainda me parece um grande passado. Refleti, como tudo que eu achava ser infinito se tornou finito, após um despertar em um dia qualquer em minha cama, tudo aquilo que me vinha a mente ao acordar, havia desaparecido, e eu sorri, pude levantar em paz, e com o pé direito levantei para um recomeço, uma nova caminhada, na qual não cabia mas só a mim, havia lugar para mais um, e suas mãos encaixariam nas minhas. Deixei pra traz minha vida futil, meu jeito leviano de levar a vida, toda a minha promiscuidade. O doce amargo veneno do amor, pra mim hoje é como o açucar, se exagerado fica enjoativo, mas se guardo-lo em minhas mãos podem escarpe-me entre os dedos. Respirei lentamente, a primeira cena a passar foi quando me coloquei em seus braços, o mundo parou, não pensei mais em nada, só existia nós dois, um quarto, uma cama e o desejo que nos tomara ja a algum tempo. Foi novo pra mim tudo aquilo, ja estava automazida a separar amor de sexo, e agora tudo era um só, pelo menos pra mim. Sem pudor dispi minha alma, me declarei milhões de vezes, sem medo, sem fome de promessas, eu só queria que ele soubesse o que me cabia aquele momento. Sua respiração ofegante, ouvi seus batimentos, e o meu corpo no dele, causava alteração, no que podia ser doce, firme, agressivo, e romantico, todas as sensações em apenas um momento! E em pensar que tudo aquilo era oque eu jurava inexistente, não era, era verdade, era magico, era real. As outras cenas a passarem foram continuidades de uma história que só tem um começo, ainda não chegamos nas virgulas e o ponto final ta bem longe. Meu cigarro acabou, voltei pra casa, olhei o celular, eram 18:18, e uma mensagem dele na qual dizia:- Eu te amo, sabia?
- um sorriso me tomou o rosto, e o respondi:- cada dia mais. sz
Beijos, Anonimata.