“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranquila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.” - Clarice Lispector.
..então pus-me a escrever sobre meus sentimentos e ressentimentos, pois quero tanto da vida e as vezes quero somente o nada, o meu famoso dom de afastar tudo que um dia possa me fazer feliz. Eu olho para mim e vejo alguém que tudo tem e ao mesmo tempo não tem nada, com uma vida completamente contraditória, quando tudo que mais quero é simples e concreto, um amor que me visita e logo se vai.. mas ele volta. Sou livre, gosto do sabor da liberdade, , mas quando tenho que enfrentar o mundo, a minha casa se torna o melhor lugar. Quero vida, quero tudo, quero ser dona de mim, mas quando nada posso tudo eu quero, e quando puder ter, será que permanecerei assim..?! e o tempo passará como sempre passa, talvez um dia eu volte e diga que tudo está bem, que me tornei um alguém com nome e sobrenome e sonhos realizados, nas costas vitórias, nos olhos mais sonhos, sem mascaras, sem personagens, com um rumo, sem medo, amando o nada e o tudo, sendo muito boa em algo, mas talvez eu volte e nada disso tenha acontecido, minha contrariedade continue, e os sonhos não sejam mais existentes, mas sigo assim mesmo, contando tudo pelo meio, com erros e acertos, mudando de assuntos, mas quem sou eu pra seguir em apenas uma direção ? não gosto de nada que é extremamente correto, eu do um FODA-SE pra tudo isso, se eu mudar a minha formula talvez estrague o gosto (y'